quinta-feira, 6 de junho de 2013

Se Beber, Não Case - Parte III

 The Hangover – Part III
De Todd Philips. Com Bradley Cooper, Ed Helms, Zach Galifianakis, Justin Bartha, John Goodman, Heather Graham e Ken Jeong.

O “final épico” que prometeram para a trilogia “Se Beber, Não Case”, nome que perde totalmente o sentido nesse último filme, enfim chegou. Só que esqueceram da parte épica. Se o primeiro trazia originalidade a um mundo dominado por Jim Carrey’s, Adam Sandler’s e Ben Stiller’s, esse exemplar deixou qualquer originalidade no esquecimento, tornando a Parte III um filme bem fraco. Nem a apelação do segundo, recheado de violência e sexo, se faz presente. Parece que fizeram por obrigação. Além disso, fizeram a besteira de centrar tudo no personagem tosco de Zach Galifianakis, que tem o dom da irritação.

Quando a família de Alan decide interna-lo para tratar de seus transtornos mentais, os amigos Stu, Phil e Doug decidem ir com ele em uma viagem até a casa de repouso. NO meio do caminho, eles são abordados por um grupo de bandidos. Marshall, o líder da gangue, foi roubado por Mr. Chow e descobriu a ligação deles com o grupo. Marshall sequestra Doug – sempre ele – como garantia de que os três, Stu, Phil e Alan, descubram o paradeiro de Chow e levem até ele.


Piadas sem graça, momentos que não trazem nada de especial e um roteiro que esquece o principal – a “ressaca” do título original. Nem mesmo a cena que traz de volta o bebê do primeiro filme, agora um garotinho de quatro anos, tem alguma apelação. E não pense que “Se Beber, Não Case – Parte III” é um filme chato. Ele até que é bem ágil, com uma montagem rápida que faz com que os acontecimentos pulem de um pra outro, o que não prejudica o acompanhamento do espectador. Mas a comédia independente de maior sucesso de todos os tempos merecia um final mais inteligente.

Destaque para a participação de Melissa McCarthy que, em poucos minutos em cena e dotada de um humor negro peculiar, consegue alguns momentos de alívio cômico. Nem o trio original consegue ser carismático. Bradley Cooper passa um ar de quem está bem desconfortável no papel (o primeiro pós-indicação ao Oscar), Ed Helms some deixando a ação para os outros e Zach Galifianakis pisa fundo no “modo idiota”, protagonizando momentos completamente chatos e nada engraçados.

“Se Beber, Não Case” deve encontrar um público ainda disposto a rir das baboseiras do trio, mas, como já disse, se era digno de um final épico, esse não chegou. Todd Philips conseguiu se estabelecer como diretor e produtor de comédias e deve criar um selo “The Hangover” de qualidade a partir de agora. E esse é o maior mérito do filme, criar uma trilogia cinematográfica de comédia que, bem ou mal, entrou para a história.


Nota: 4,0

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