quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A trajetória de "O Artista"


Estamos em 2012. Falando de um filme lançado em 2011 e gravado em 2010. Ou seja, mais de 80 anos depois do lançamento do primeiro filme com som sincronizado. “O Cantor de Jazz” (1927) ajudou a se popularizar rapidamente o que se convencionou chamar “talking pictures” ou “filmes falados”. Nem precisa dizer que isso revolucionou o cinema, mudando toda a forma de se fazer filmes. Aí, entra 2011 e “O Artista” consegue chamar a atenção fazendo tudo da maneira antiga. Sem som e em preto-e-branco.

Essa é a grande surpresa da temporada de premiações. Claro que “O Artista” chama a atenção pelo carisma dos personagens e pelo brilhantismo do roteiro, uma homenagem à gênese do cinema como o conhecemos. Mas quem poderia imaginar que, em pleno século XXI, as pessoas fossem se derreter por um longa-metragem mudo e em preto e branco?

Pois é isso que aconteceu. E não só isso, “O Artista” é o favorito no Oscar e já arrebatou uma série de premiações. O Directors Guild of America (DGA), o sindicato dos diretores, deu o prêmio de melhor diretor para Michel Hazanavicius. No SAG, o sindicato dos atores, Jean Dujardin tirou o prêmio de melhor ator de George Clooney. Ele já havia ganhado o Globo de Ouro de Melhor Ator de Comédia, assim como Clooney levou o de ator dramático.

“O Artista” também recebeu diversas indicações ao BAFTA, ganhou uma penca de prêmios, incluindo a Palma de Ouro de Melhor Ator para Jean Dujardin. A grande concorrência do filme é mesmo “Os Descendentes”, mas, com dez indicações ao Oscar (Filme, Ator, Atriz Coadjuvante- Bérénice Bejo, Direção, Roteiro Original, Direção de Arte, Fotografia, Figurino, Montagem e Trilha Sonora) e tanto carisma por onde passa, será muito difícil se “O Artista” não se sagrar campeão em quase todas elas.

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