quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Gato de Botas

Puss in Boots
(EUA, 2011) De Chris Miller. Com vozes de Antonio Banderas, Salma Hayek, Zack Galifianakis, Billy Bob Thorton.

Depois que a franquia “Shrek” perdeu um pouco do fôlego, o filme do Gato de Botas, um dos coadjuvantes mais adorados, pareceu ser o caminho natural. Caminho esse que tem sido alardeado desde que o personagem surgiu na série e demorou um pouco para se tornar realidade. No entanto, “Gato de Botas” é um filme um tanto quanto esquisito. A aventura solo do personagem, que é uma espécie de prelúdio para conhecermos sua história, envolve um mix dos contos de fadas que sobraram da franquia Shrek. Muita coisa fica perdida e não se encaixa como deveria. Por isso, acredito que as crianças devem ter se divertido muito – mesmo com alguns toques mais, digamos, picantes da história – mas os adultos devem ter achado um saco ter que ouvir as peripécias do Gato com um ovo falante!

Muitos anos antes de encontrar Shrek e Burro, o adorável mas perspicaz Gato de Botas precisa limpar o seu nome de todas as acusações que fazem dele um fugitivo procurado. Enquanto tenta roubar alguns feijões mágicos dos criminosos Jack e Jill, o herói cruza o caminho da sua equivalente feminina, Kitty Patamansa, que leva o Gato ao seu velho amigo, mas agora inimigo, Humpty Dumpty, um ovo. Lembranças de amizade e traição deixam o Gato em dúvidas, mas eventualmente ele concorda em ajudar o ovo a conseguir os feijões mágicos. Juntos, os três planejam roubar os feijões, chegar até o castelo do Gigante, roubar o ganso dos ovos de ouro e limpar o nome do Gato, embora tudo isso não passe de uma cilada.


“Gato de Botas” não tem a mesma sacada original que fez de “Shrek” (melhor, “Shrek 2”) uma das melhores animações já feitas. Faltam boas piadas mais maduras. “Ah, Marcos, mas o filme é feito para crianças!”. Então se esqueceram de avisar os produtores, porque não adianta subestimar as crianças de hoje em dia com qualquer coisa mais bobinha. Sem falar da fama de mulherengo do Gato e suas ‘arrastadas de pata’ para Kitty. E aquele ovo medonho podia sumir. É um dos personagens mais grotescos ever.

No entanto, apesar da preguiça em escrever um roteiro mais decente para o personagem, “Gato de Botas” diverte. Infelizmente, é um filme esquecível, que se passa no equivalente espanhol de Tão, Tão Distante (embora ainda seja a Espanha :s). Sobra o charme do próprio Gato, que com seus mega super olhos hipnóticos, já tem uma marca registrada e consegue segurar o próprio filme nas costas.



 Nota: 7,0
Efeitos 3D: 6,0
*Indicado ao Oscar de Melhor Animação


 

Nenhum comentário: