quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Capitão América: O Primeiro Vingador

Captain America: The First Avenger

(EUA, 2010) De Joe Johnston. Com Chris Evans, Hailey Atwell, Hugo Weaving, Tommy Lee Jones, Sebastian Stan, Samuel L. Jackson, Toby Jones, Dominic Cooper e Stanley Tucci.

Mais um capítulo da família “Os Vingadores”. É assim que dá pra descrever o filme solo do Capitão América. Aliás, essa está virando uma franquia e tanto, mesmo que não pareça. Apesar de ter traços de individualidade inigualáveis aos de “Thor”, por exemplo, do meio da fita “Capitão América: O Primeiro Vingador” para o final, sobretudo no seu clímax, fica claro de que o longa-metragem existe por um propósito maior. E é esse o desapontamento maior quando se trata do Capitão América: ver que o filme foi o último degrau para “Os Vingadores”, que chega ano que vem. Nada, claro, que não comprometa o resultado final. A SHIELD se mete muito menos dessa vez e podemos ver a história de uma das maiores lendas norte-americanas, nascida através do mito do super-homem (assim como o da DC Comics).

Steve Rogers é um jovem franzino e desajeitado que vê no exército americano não só a oportunidade de ajudar o seu país durante a Segunda Guerra Mundial, mas como também de provar o seu valor. Enquanto isso, uma pesquisa com soros está sendo desenvolvida pelo governo americano para criar uma nova raça de homens, para que possam ser melhores lutadores. Assim como na Alemanha nazista, o general Schmith, da Hidra, um braço do Reich, está desenvolvendo armas tendo como com fonte de energia um cubo místico, aparentemente dos deuses nórdicos. Por isso, Steve é escolhido para participar dos testes com o soro e se transforma no Capitão América, mas como um símbolo da propaganda do governo na época. Quando Rogers percebe que a ameaça é muito maior e que o exército ‘comum’ não está tão disposto assim de enfrentá-la, é hora de vestir o uniforme e finalmente provar o seu valor, defendendo a sua nação.

O diretor Joe Johnston fez um bom trabalho ao recriar os Estados Unidos da década de 1940 e toda a aura ufanista em torno do país na Segunda Guerra Mundial. Foi nesse mesmo contexto que o Capitão América surgiu nos quadrinhos e a mesma sensação está disposta nas telas (apesar de parecer pedante aos olhos brasileiros, como qualquer ufanismo americano). Nesse sentido, “O Primeiro Vingador” cumpre seu papel assim como “Homem de Ferro” ao explicar a origem do personagem.

As cenas de ação, claro, são bem trabalhadas, assim como os efeitos especiais. Porém poderiam ter caprichado mais na roupa do herói. Tá certo, a veracidade das coisas é importante, em 1941 não ia ter um tecido tão bom, e blá blá blá. Mas recriaram tanta coisa de época e fizeram direito, como as parafernalhas das Indústrias Stark, porque não dar só uma incrementadazinha no uniforme?

Apesar de Chris Evans nem estar tão ruim assim, ele poderia ser melhor. Mas quem segura o filme mesmo são os coadjuvantes, especialmente Hugo Weaving e Tommy Lee Jones, cheio das brincadeirinhas que dão aquele alívio cômico que é especialidade da Marvel. Deixamos a Segunda Guerra Mundial, passamos o clímax derradeiro e é aí que entra a SHIELD. Daí em diante todo mundo sabe, preparação para “Os Vingadores”, filme que vai unir todos os heróis que saíram pelo selo Marvel Studios até agora. 2012 tem mais Capitão América.

Nota: 8,5