quarta-feira, 6 de julho de 2011

Se Beber, Não Case - Parte 2

The Hangover: Part II

(EUA, 2011) De Todd Phillips. Com Ed Helms, Bradley Cooper, Zach Galifianakis, Ken Jeong, Jamie Chung, Justin Bartha e Paul Giamatti.

Eu odeio Zach Galifianakis. Fato. Fato mais do que comprovado ao assistir “Se Beber, Não Case – Parte 2”. Outro fato que eu comprovei é que eu não tenho o mesmo senso de humor da maioria das pessoas. A prova disso é que eu tive que recorrer à crítica do primeiro filme para poder me lembrar de como eu não ri dele também. Porque, se sobra originalidade na história do maior filme independente de comédia de 2009, faltou aqui uma certa decência em não repetir a história original. Porque sim, a história se repete. Os elementos entram e saem de cena, mas é tudo basicamente mais do mesmo.

Nessa chamada “Parte 2”, Stu é quem vai se casar na Tailândia, a pedido do pai da noiva, que é de lá. Claro que seus amigos Doug e Phill seguem com ele, mas a pedido da irmã de Doug, eles tem que levar o super sem noção e com TDHA, Alan. Os quatro decidem ir beber numa praia do resort onde estão e levar o irmão da noiva, o jovem prodígio Ted, junto com eles. Alan fica com ciúmes de Ted e tenta drogar o tailandês, mas o tiro sai pela culatra e tudo acontece de novo: uma longa farra pela qual eles não se lembram de nada. Stu, Alan e Phill acordam num hotel no meio de Bangcock, com Ted desaparecido e com uma tatuagem à La Mike Tyson no rosto de Stu. Ah, e um macaco tarado! Nisso eles precisam achar Ted – cujo dedo ficou perdido no hotel – e voltar para o casamento, alem de tentar lembrar tudo o que aconteceu na noite anterior.

Como comédia pra mim não funciona direito, vou tentar analisar o filme por outros aspectos. A parte 2 é cheia de recursos mais chocantes do que o primeiro filme, com cenas de violência e sexo que são daquele tipo escrachada, que fazem o espectador rir de se esbaldar. Porém, a apelação é descaradamente um recurso para alimentar a falta de originalidade no roteiro. A adição de elementos como o macaco fumante tarado e até a presença de Ken Jeong (outro sofrível pseudo-comediante) não deixam a gente esquecer que estamos vendo tudo de novo – exatamente igual.

Ao final, sabemos que tudo irá acabar bem, com todos redimindo Alan pela estupidez enquanto eu, pessoalmente, já teria matado o indivíduo. Se Todd Phillips foi um gênio aclamado por seu primeiro filme, ele peca por ter repetido a dose exatamente igual pela terceira vez (“Um Parto de Viagem”, de 2010, tem elementos diferentes mas também é mais do mesmo, especialmente por ter Galifianakis como um dos protagonistas). Talvez por isso “SE Beber, Não Case – Parte 2” funcione bem. Quem gostou do primeiro, vai gostar do segundo, e quem odiou o primeiro vai detestar o segundo. Ah, e vale esperar os créditos para ver as fotos da farra no fim que, por si só, valem o filme inteiro.

Nota: 6,0

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