domingo, 10 de julho de 2011

Harry Potter e o Cálice de Fogo

Harry Potter and the Goblet of Fire

(EUA,UK/2005) De Mike Newell. Com Daniel Radcliffe, Rupert Grint, Emma Watson, Ralph Fiennes, Michael Gambon, Brendan Gleeson, Timothy Spall, David Tennant, Robert Pattinson, Frances de la Tour, Clemence Posey, Jason Isaacs, Maggie Smith, Tom Felton, Miranda Richardson e Stanislav Ianevski.

A expectativa era grande com o quarto capítulo da saga. Não apenas porque ‘O Prisioneiro de Azkaban’ levou toda a franquia para um novo patamar, mas porque a história de “Harry Potter e o Cálice de Fogo” é crucial em vários sentidos. Afinal, é no quarto capítulo da série que acontece o retorno do maior bruxo das trevas de todos os tempos e colocar um Voldemort corpóreo na telona não foi tarefa fácil. O quarto livro é um dos maiores da série, tanto que se cogitou dividir o livro em dois e fazer dois filmes. A Warner resolveu cortar tramas paralelas, para desespero dos fãs, e se centrar no Torneio Tribruxo e na conexão de Harry com Voldemort, que estaria prestes a voltar.

Antes de retornar a Hogwarts para seu quarto ano letivo, Harry e os Weasley vão para a Copa Mundial de Quadribol, onde além dos jogos, um outro evento os aguarda. Os Comensais da Morte, seguidores de Voldemort, preparam um atentado e colocam a Marca Negra sobre a Copa, indicando que as artes das trevas estão se reunindo outra vez. Já na escola, os alunos são informados de que Hogwarts será palco do Torneio Tribruxo, uma competição que irá eleger o melhor e mais talentoso bruxo entre três escolas de magia. Apenas alunos maiores de idade podem se inscrever e colocar seu nome no Cálice de Fogo. Fleur Delacour é escolhida pela escola Beauxbatons, Victor Krum pela Drumstrang e Cedrico Diggory é o escolhido de Hogwarts. Porém, por alguma razão, o nome de Harry Potter também é escolhido pelo Cálice e forçado a competir no torneio, que não apenas é altamente perigoso, como uma grande armadilha para Harry, que cada vez mais sente através de sua cicatriz de que as forças das trevas estão cada vez maiores.

Apesar dos cortes, a história principal de “Harry Potter e o Cálice de Fogo” ficou bem amarrada em todos os pontos e a equipe de produção não economizou nos efeitos especiais e na direção artística. O filme passeia por vários ambientes diferentes que explora não apenas Hogwarts, mas várias partes fora dela. A aparição do Rabo-Córneo Húngaro, o dragão que Harry enfrenta na primeira tarefa, é uma das cenas mais bem produzidas de toda a saga, tamanha a precisão e perfeição na aparência e nos movimentos do dragão. O mesmo se repete com as cenas embaixo do lago de Hogwarts, no labirinto e no cemitério, com o retorno de Voldemort. O ritmo acelerado também ajuda, já que são muitas as cenas de ação misturadas com a carga dramática que a história propõe.

Falando em Voldemort, não poderiam ter escolhido melhor ator para interpretar um dos maiores vilões do cinema do que Ralph Fiennes, que passou meses estudando como era o seu personagem e como ele deveria se comportar no seu ‘renascimento’. Cada movimento de Voldemort é fruto de dedicação e completa entrega do ator ao seu papel. Da mesma forma o fazem Brendan Gleeson, como Olho-Tonto Moody, e grande parte do elenco.

É a primeira vez na série que os espectadores se confrontam diretamente com a morte de um personagem. Isso denuncia o tom que a saga Harry Potter assumiria dali por diante, com a volta do Lorde das Trevas. Serão tempos difíceis no mundo bruxo e o trabalho feito por Mike Newell, levando essa transição com perfeição para as telonas, é parte chave de tudo o que viria a se desenrolar depois.

Ponto alto: A já mencionada cena do dragão e o retorno de Voldemort e toda a sequência no cemitério. Dá arrepios ver o confronto direto entre Harry Potter e o bruxo das trevas.

Ponto baixo: Se tivesse um cigano Igor em Harry Potter, esse seria Stanislav Ianevski. Já que Victor Krum tinha poucas falas, o ator podia ser mais expressivo.

Nota: 9,0

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