quinta-feira, 7 de julho de 2011

Harry Potter e a Câmara Secreta


Harry Potter and the Chamber of Secrets

(EUA,UK, 2002). De Chris Columbus. Com Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Richard Harris, Kenneth Branagh, Tom Felton, Maggie Smith, Julie Walters, Alan Rickman, Robbie Coltrane, Fiona Shaw, Richard Griffiths, Jason Isaacs, Shirley Henderson, Gemma Jones e Christian Coulson.

É curioso como “Harry Potter e a Câmara Secreta” é considerado o mais fraco de todos os filmes da série justamente por ser o que é: uma sequência. Tanto o livro quanto o filme, não importa as diferenças que eles tenham entre si, são sequências diretas que repetem elementos do primeiro título, “A Pedra Filosofal”. A diferença é que o que J.K. Rowling fez no livro, para acostumar o leitor à obra, Chris Columbus faz parecer preguiça, repetindo elementos e até mesmo a trilha sonora. Por mais bem feito que tenha sido e importante como um todo para a história geral, é isso que “A Câmara Secreta” é no fim das contas: preguiçoso. Não espanta o filme ter sido lançado exatamente um ano depois do primeiro, dada a correria.

Harry está perto de começar o seu segundo ano em Hogwarts quando Dobby, um elfo doméstico, o avisa de que o garoto corre perigo mortal se voltar à escola. Potter, claro, está disposto a voltar e Dobby arma de tudo para atrapalhar sua vida na escola. Porém, quando chega na escola, Harry começa a perceber que os avisos de Dobby têm fundamento: alguma coisa começa a atacar os alunos nascidos trouxas na escola e todos acreditam que é o herdeiro de Salazar Sonserina, um dos fundadores da escola, que construiu a Câmara Secreta, o lar de um monstro em Hogwarts, há mais de mil anos atrás. O que Harry não esperava é que as suspeitas recaíssem sobre ele, quando o mesmo descobre que tem o poder de falar com cobras, o animal símbolo da Sonserina. Harry agora tem que provar sua inocência e descobrir quem está por trás dos ataques.

Assim como no livro anterior, são muitos os detalhes e tramas paralelas, mas a maior inimiga foi a pressa. Levar tudo correndo aos cinemas um ano depois fez com que Columbus reaproveitasse muita coisa do primeiro filme, o que deu certo tom de falta de originalidade e presença, diferente do que se vê com David Yates, por exemplo. Mesmo assim, a trama ganha a agilidade necessária para contar a história e são gastos outros esforços para construir a Câmara Secreta (que realmente tem um dos visuais mais bacanas da série) e os monstros do filme, a acromântula Aragogue e o basilisco. Destaque também para as cenas do carro voador, que adquire personalidade como se estivesse vivo.

“A Câmara Secreta” também tem as passagens inúteis, como em “A Pedra Filosofal”, com uma importância exacerbada que nem se encaixam na história. Salvam mais uma vez a atuação de pessoas como Richard Harris, Maggie Smith e Kenneth Branagh, como o canastrão Gilderoy Lockhart. Harris, aliás, fez um Dumbledore muito mais sereno do que os vistos nos demais filmes, mas contribuiu com peso na saga. Esse seria o último filme de sua carreira.

No fim, os erros de “A Câmara Secreta” só se redimem porque a história entra no contexto do geral e os fãs sempre o verão como um ‘filme do Harry Potter’. O filme também é divertido e leve, mas não imprime a mesma aura do antecessor (ou predecessores).

Ponto alto: a luta de Harry com o basilisco no interior da Câmara Secreta.

Ponto baixo: Quase todas as cenas de Draco Malfoy. Não por causa de Tom Felton, mas porque o personagem sempre aparece fazendo algo sem sentido e sem explicação, como rasgando um livro ou sacudindo uma caixinha.

Nota: 6,5

Um comentário:

Cristiano Contreiras disse...

6,5?!!

discordo, rs

Pra mim, o filme mais fraco é o quinto!

esse eu gosto bastante e consegue ser mais satisfatório que o livro em si. Sem falar no Jason Isaacs que está excepcional como Lucius!