sábado, 6 de junho de 2009

O Exterminador do Futuro: A Salvação

06/junho/2009

Terminator Salvation
(EUA, 2009)
De McG. Com Christian Bale, Sam Worthington, Bryce Dallas Howard, Anton Yelchin, Common e Moon Bloodgood.

A onda brucutu do futuro (ou do passado), misturando drama, ficção científica e muita ação pode ter começado com "Blade Runner" (1982), mas foi com "O Exterminador do Futuro"(1984) que o estilo se consolidou. A partir daí o estilo robótico virou febre em Hollywood e Arnold Schwarzenegger, um fenômeno. O segundo, batizado com o subtítulo "O Julgamento Final" (Judgment Day, no original) é consiederado um dos melhores filmes do gênero e alavancou a carreira de James Cameron. O sucesso dos dois primeiros filmes foi tão grande, que era inevitável voltar com um terceiro, já no século XXI, "A Rebelião das Máquinas", onde os recursos digitais evoluíram e muito. A mitologia envolvendo a extinção dos humanos num futuro apocalíptico continua na tv com "Terminator: The Sarah Connor Chronicles" e agora com o mais novo filme: "A Salvação", um banho de efeitos especiais e um ótimo capítulo da saga dos Terminators.

Em 2018, após o temido Julgamento Final do 2° filme, alguns humanos sobreviveram ao ataques das máquinas da poderosa Skynet e vivem em refúgios. O Comando dos humanos dirige a resistência na guerra, e um dos líderes principais dessa resistência é ninguém menos do que John Connor, um mito, profetizado desde muito tempo antes (como sabemos) como herói dessa guerra. Prestes a encontrar uma arma capaz de anular a força da Skynet, o Comando encontra uma lista de prioridade da organização com alvos a serem assassinados. Connor é o número 2 da lista e descobre que o primeiro é Kyle Reese, um adolescente que, no futuro, vai retornar ao passado e se engraçar com a mãe de Connor - ou seja, é seu pai (como sabemos). Se a Skynet liquidar Reese, o presente se altera e Connor nunca teria existido. Além disso, o líder da resistencia tem que enfrentar um outro mistério: descobrir o que há por trás de Marcus Wright, um homem desmemoriado que deveria estar morto, já que foi condenado em algum período do tempo. Wright também está atrás da Skynet para descobrir o que teria acontecido com ele.


O bom de T4 são mesmo os efeitos, de primeiríssima. A cada momento, uma explosão ou algo cheio de ação. O visual apocalípticodo que a Terra se tornou após o domínio da Skynet é muito legal. A mitologia da série é bem presente e fiel a todo o original mas fica tudo por aí. A inovação ao formato, algo que acrescentasse, acontece um pouco na pele de Marcus Wright, que tem um papel importantíssimo para a saga e é desempenhado com muito louvor por Sam Worthington, um desconhecido até ontem que rouba toda a cena. Destaque para toda a operação da resistência e por mostrar o temido "futuro" que a série sempre previu. Ainda assim falta alguma coisa a T4, talvez alguma incrementação no roteiro que funcione além de uma ação desencabida. "O Julgamento Final" continua sendo o melhor de toda a quadrilogia.

T4 também vale para mostrar os três novos rostos que estão agitando Hollywood ultimamente, e que prometem um pouco mais: o próprio Worthington, que vai estar em "Avatar" de James Cameron e no remake de "Fúria de Titãs"; a atriz Moon Bloodgood, que está em "Street Fighter: A Lenda de Chun-Li" e Anton Yelchin, que já era uma pequena sensação nos EUA por ter participado de "Alpha Dog" e protagonizado a comédia "Charlie Barlett" e apareceu como o navegador russo Chekov, no novo "Star Trek".

Nota: 7,5

Um comentário:

Anderson Siqueira disse...

Com uma qualidade técnica fora de série, O EXTERMINADOR DO FUTURO: A SALVAÇÃO é um colírio para os olhos. Sequências muito bem planejadas e executadas, locações paradisíacas, efeitos visuais de primeira e uma fotografia satisfatória. Em vários momentos, o filme me fez lembrar as sequências de FILHOS DA ESPERANÇA. O som também é muito bem utilizado, seja no barulho ou até mesmo no silêncio. E a trilha sonora acompanha as cenas com perfeição, complementando-as. As atuações, por sua vez, são medíocres, mas não comprometem o resultado final da película, que foi extremamente surpreendente - positivamente falando. Temos que lembrar que a franquia sofreu uma metamorfose com a saída de Arnold Schuzenneger e o ingresso do talentoso Cristian Bale. Mas vou contar um segredinho: Schuazzeneger faz uma pontinha no filme, que valeu pela saga toda. Por fim, a direção de McG foi positiva ao propor entretenimento e agradar pela tecnologia de ponta utilizada na produção e um roteiro que sustentou muito bem o projeto, com arguições consisas e exagerando concientemente e na dose certa em algumas cenas de ação.

SORO: som; sequências; edição; produção; trilha sonora; locações; efeitos visuais; direção.

VENENO: atuações; erros de continuidade.

NOTA (0 a 5): 4,5
****