segunda-feira, 27 de abril de 2009

Novas fotos de "The Lovely Bones", de Peter Jackson

Finalmente mais coisas acerca da adaptação de um dos meus livros favoritos!!! O filme "The Lovely Bones" (que Deus queira não se chame mesmo "Um Olhar do Paraíso"!) acaba de ganhar mais imagens revelando muito do visual dos personagens!!! Pra quem leu o livro e está ansioso pelo filme, pode se juntar à primeira comunidade do orkut dedicada ao livro: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=3346580

Susie Salmon, 14 anos, é estuprada e morta por seu vizinho, o sr. Harvey. Ela vai viver no céu, onde encontra Franny, uma espécie de tutora, e Holly com quem compartilha algumas áreas do céu.
Há um mirante onde Susie pode ver como aqueles que deixou na terra seguem a vida, como encaram seu desaparecimento e logo após, a certeza de sua morte. Vê também seu primeiro amor, Ray se aproximar cada vez mais de Ruth, com quem tinha pouco contato enquanto viva mais estabelece uma forte ligação após sua morte.

Enquanto não chega, fica as fotos do filme:




sexta-feira, 24 de abril de 2009

Pôsteres de "Dowloading Nancy"

um dos filmes que mais me impressionou no Festival do Rio 2008 foi "Downloading Nancy", o filme que deu uma das interpretações mais profundas que eu já vi, vinda de uma atriz que, mesmo pelos trabalhos como "Marcas da Violência", surpreendeu no papel: Maria Belo.

Na época do filme, eu publiquei:"O filme é tão intenso e ao mesmo tempo tão despretensioso que consegue arrancar sentimentos de pena pela personagem principal, mesmo sendo realmente muito despretensioso. A cada momento o espectador vai assistindo a história e espera que venha mais."

Na verdade, esse filme me ajudou a esquecer o fiasco que ela fez em "A Múmia: Tumba do Imperador Dragão". O longa entra em circuito restrito nos EUA no dia 5 de junho. Espero que entre por aqui também porque é um filme que merece ser visto, mesmo que não seja tão grande coisa.


Veja a crítica completa de "Downloading Nancy"
http://cinemarcos.blogspot.com/2008/10/downloading-nancy.html

Balanço do ano

Filmes de Janeiro

1 Quem Vai Ficar com Mary?
2 21 Gramas
3 Kung Fu Panda
4 Não é Mais um Besteirol Americano
5 Sete Vidas
6 Garotas Selvagens 3
7 Guerra dos Mundos
8 O Segredo de Brokeback Mountain
9 Kung Fu Panda
10 Mamma Mia!
11 Sinais
12 Xuxinha e Guto Contra os Monstros do espaço
13 A Grande Família – O Filme
14 O Coronel e o Lobisomem
15 Bendito Fruto
16 A Troca
17 Wallace e Gromit: A Batalha dos Vegetais
18 Em Boa Companhia
19 A Lenda do Tesouro Perdido
20 Sr. E Sra. Smith
21 Os Outros
22 O Curioso Caso de Benjamin Button
23 Pulp Fiction
24 O dia depois de amanhã
25 Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban
26 Por Conta do Destino
27 Viagem à Lua
28 O Grande Roubo do Trem
29 Homem-Aranha 2
30 Scooby-Doo
31 Um Salão do Barulho
32 A Liga Extraordinária
33 A Casa Caiu
34 Scooby-Doo
35 Os Três Mosqueteiros
36 Curtindo a Vida Adoidado
37 O diabo veste Prada
38 O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei
39 O Fabuloso Destino de Amelie Poulain
40 As Aventuras de Dick e jane
41 Inimigo do Estado
42 Homem-Aranha
43 Sete Vidas
44 Um Sonho de Liberdade

Filmes de Fevereiro

45 Van Helsing
46 Cinema e Reportagem: a obra de Eduardo Coutinho
47 Eu, Robô
48 Bonequinha de Luxo
49 Em Carne Viva
50 ¨60 Segundos
51 Formiguinhaz
52 Taxi
53 O Grito
54 Plano de Vôo
55 A Família So-La-Si-Do
56 Dúvida
57 Deus é Brasileiro
58 DOA – Vivo ou Morto
59 Carrie – A Estranha
60 Closer
61 Coraline e o mundo secreto
62 Alexandre
63 Pequenos Espiões 2 – A Ilha dos sonhos perdidos
64 [REC]
65 Golpe Baixo
66 Sexo, Amor e Traição
67 O Leitor
68 Quem Quer Ser um Milionário?
69 Colateral
70 Legalmente Loira
71 Quem Quer Ser Um Milionário?
72 Tristão e Isolda
73 O Diário da Princesa 2 – Casamento Real
74 O Curioso Caso de Benjamin Button
75 As Branquelas
76 Dogville
77 Meninamá.com
78 Será que ele é?
79 Resident Evil – O Hóspede Maldito
80 A Múmia
81 O Último Samurai

Filmes de Março

82 Como se Fosse a Primeira Vez
83 O Quarto do Pânico
84 Milk
85 Guerra dos Mundos
86 Stardust
87 Lillo e Stich
88 Refém do Silêncio
89 Pooh e o Efalante
90 Watchmen
91 Syriana
92 Bater ou Correr em Londres
93 A Lenda do Zorro
94 Prenda-me Se For Capaz
95 O Paizão
96 Escola de Idiotas
97 Identidade
98 Pesadelo nas Alturas
99 Gigolô Europeu por Acidente
100 Dia dos Namorados Macabro 3D
101 Lado a Lado
102 SOS do Amor
103 Risco Duplo
104 O Curioso Caso de Benjamin Button S2
105 O Sexto Sentido
106 Garota Veneno
107 Dia de Treinamento
108 Por Um Sentido Na Vida
109 Monstros S.A.
110 Stuart Little 3
111 Alma Perdida
112 Resident Evil: Degeneration
113 Os Normais
114 Entrega em Domicílio
115 O Talentoso Ripley
116 O Virgem de 40 anos
117 A Garganta do diabo
118 Grease
119 Procurando Nemo

domingo, 19 de abril de 2009

No cinema ou no Divã?

Divã (Brasil, 2008)
De José Alvarenga Jr. Com Lília Cabral, José Mayer, Alexandra Richter, Reynaldo Gianeccini, Cauã Reymond, Eduardo Lago.

Depois de presenciar "Se Eu Fosse Você 2" se tornar a maior bilheteria do cinema nacional, imagina-se que seja difícil um longa superar essas expectativas. Depois de "Cidade de Deus" se tornar o maior filme da história do cinema nacional, imagina-se que o padrão do cinema como um todo seja mudado. Pois é, algumas coisas não se tornam tão verdades assim. "Divã" é um exemplo estranho do que o cinema pode se tornar quando levado a sério ao mesmo tempo que pretende divertir. Uma mistura de "Se Eu Fosse Você" com "Cidade de Deus"? Lógico que não, isso é maluquice! Mas é a resposta de que dá pra fazer cinema inteligente e divertido sem herdar gags de televisão como o primeiro e sem ser pretensioso como o segundo.

O filme conta a história de Mercedes, mulher cansada da vida que leva que procura um analista para saber se o problema é com ela ou com as coisas ao seu redor. Depois de se separar do marido, Gustavo, supostamente por uma traição, ela procura nos mais variados ambientes se reinventar e se apaixonar perdidamente por Téo, um bon-vivant que deixa ela no primeiro piscar de olhos e depois por Murilo, um adolescente baladeiro que só quer saber de viver a vida. Sempre apoiada pela amiga, Monica, ela embarca numa jornada para descoberta de si mesmo e das relações humanas, sem saber que as respostas sempre estiveram nela mesma.

Descrição profunda né? "Divã" é uma comédia altamente divertida e, apesar de alguns momentos extremamente melancólicos, comove a plateia e a faz pensar em qual o rumo que suas vidas estão tomando. Lilia Cabral está em um dos melhores papeis de sua carreira (no cinema, com certeza). A edição rápida permite um ritmo acelerado sem nunca cair no marasmo e é apoiado por uma trilha sonora moderna e bacaninha.

"Divã" é a adaptação da peça que Cabral encenou durante anos com sucesso e, ao contrario de outros exemplos ("Trair e Coçar é só começar", "Irma Vap - O Retorno") é incrivelmente divertido e bem sucedido no seu propósito. Um raro exemplar da indústria nacional, um quebrador de conceitos e, só de não se apoiar em encenações de televisão, já merece destaque. Um longa que merece respeito e admiração. Coisa rara.

Nota: 8,5

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Estreias da Semana : 17/04 a 23/04

Do "O Globo Online - RioShow"

Sete filmes estão previstos para estrear nos cinemas esta semana. Entre eles está "Divã", filme no qual estão depositadas as esperanças da indústria cinematográfica brasileira em termos de bilheteria e arrecadação. Há ainda as estreias de mais um capítulo da franquia "Anjos da noite", o novo filme de Charlie Kaufman e um documentário sobre a investigação do assassinato da freira Dorothy Stang, dentre outras. Clique nos títulos para assistir aos trailers, programe-se pelo Guia de Cinema e divirta-se.

" Divã", de José Alvarenga Jr., é uma comédia estrelada por Lilia Cabral, Cauã Raymond e José Mayer. Uma mulher de 40 anos, casada e mãe de dois filhos, começa a fazer terapia. Durante as sessões de análise, ela passa a questionar seu casamento, a realização profissional e seu poder de sedução, dando uma reviravolta em sua vida.

Filme 'Anjos da noite - A rebelião'

" Anjos da noite: A rebelião" (Underworld: Rise of the Lycans), de Patrick Tatopoulos, é um filme de terror com Rhonas Mitra, Bill Nighy e Michael Sheen. Este longa conta a história que antecede "Anjos da noite", de 2003, revelando as origens da batalha entre os vampiros aristocratas e seus antigos escravos, os Lycans.

Filme 'Evocando espíritos'

" Evocando espíritos" (The haunting in Connecticut), de Peter Cornwell, é um filme de terror com Virginia Madsen, Elias Koteas e Amanda Crew. Uma família se muda para uma nova casa, perto de uma clínica, para que o filho adolescente receba tratamento contra o câncer. Entretanto, fenômenos sobrenaturais começam a aterrorizá-los na nova casa.

Filme 'A montanha enfeitiçada'

" A montanha enfeitiçada" (Race to Witch Mountain), de Andy Fickman, é uma aventura com Dwayne Johnson, Carla Gugino e Tom Everett Scott. Dois irmãos com poderes paranormais são protegidos por um especialista em manifestações extraterrestres que tenta impedir que uma organização explore seus poderes.

Filme 'Sinédoque, Nova York'

" Sinédoque, Nova Iorque " (Synecdoche, New York), de Charlie Kaufman, é um drama estrelado por Philip Seymour Hoffman, Catherine Keener e Michelle Williams. Diretor teatral, angustiado com os problemas que tem com as mulheres de sua vida, monta uma peça de proporções gigantescas baseada em suas experiências.

Filme 'Mataram irmã Dorothy'

" Mataram a irmã Dorothy " (They killed sister Dorothy) é um documentário de Daniel Junge sobre a investigação do assassinato da irmã Dorothy Stang, freira católica de 73 anos, executada com seis tiros por defender o meio ambiente e as comunidades carentes exploradas por madeireiros e donos de terra na Amazônia. O longa aborda o julgamento do assassinato, investiga as razões e os mandantes. Prêmio do Público e Grande Prêmio do Júri no Festival South by Southwest 2008.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Presságio

Knowing (EUA, 2009)
De Alex Proyas. Com Nicolas Cage, Chandler Canterbury, Rose Byrne, Lara Robinson, D.G.Malloney e Nadia Towsend.

O bom de Presságio é justamente o seu final. O clima de tensão se arrasta ao longo de todo o filme e o público anseia por uma boa explicação. Na verdade, é assim que um bom suspense deve ser. O filme não apenas contraria ser um filme de ação que envolve apenas números, ele se torna em algo tão superior, tão sobrenatural que provoca arrepios na espinha por sua história. Presságio acaba nos fazer pensar na última coisa em que queremos pensar: no fim. E é forçando a nos pensar no fim que o bom desempenho final do filme se justifica.

Há 50 anos atrás, uma turma de crianças é encorajada a fazer desenhos sobre como elas acham que vai ser o futuro. Esses desenhos são postos em uma cápsula do tempo para ser aberta 50 anos depois por outras crianças e ver se o futuro como aquelas imaginavam se concretizou ou não. Mas o desenho da misteriosa Lucinda Embry é perturbador. Ela escreve uma sequência de números que não fazem sentido e que aparentemente são sussurados por vozes na sua cabeça. 50 anos depois, os números chegam ao professor de astrofísica John Koestler, que se depara com um mistério ainda maior: os números que Lucinda escreveu são as datas de os números de mortos de todos os grandes acidentes que aconteceram nos últimos 50 anos. Apenas três dessas datas ainda não chegaram, a última delas revelando um fim terrível. Koestler então tem que evitar os acidentes e cuidar do filho, Caleb, que parece agora ser a vítima das tais vozes.

SPOILER: O filme peca um pouco por se tornar ás vezes tão arrastado, sobretudo por não dar uma explicação plausível sobre as tais criaturas que vem assombrar o pequeno Caleb. Os diálogos de Nicolas Cage às vezes são tão monótonos e vazios que se pensa que essa é mais uma bomba. Quando os alienígenas entram em cena, você pensa "Pronto, não acharam nenhuma explicação melhor, colocaram os ET's". Mas até que, se pensar direitinho, tudo faz sentido. Com uma carga excessivamente dramática no fim, o fatídico presságio se cumpre, fazendo com que esse seja o primeiro filme de fim do mundo em que ele realmente acaba. O filme ainda tem uma mensagem implícita sobre o que estamos fazendo com o nosso planeta. Um alerta para as mudanças climáticas, mas ao mesmo tempo, se o sol ficar biruta, nada pode nos salvar; somos criaturas obsoletas contra as forças da natureza. Ah, e repara como a nava dos alienígenas de relance lembra a grande nave-relógio do Dr. Manhattan em Watchmen.

Com efeitos que são bem produzidos, às vezes exagerados, como na cena do metrô, eles são mais necessários para fazer se cumprir a profecia e fazer com que Cage cumpra seu papel de ator de filme de ação. A diferença é que esse se revela um papel bem diferente das besteiras que ele tem feito nos últimos anos da sua carreira, como O Vidente, Perigo em Bancock e O Sacrifício. Um bom filme, apesar de tudo, vale o ingresso. Mas que engana sobre o que realmente é, engana.

Nota: 8,5

Monstros Vs. Alienígenas

Monsters Vs. Aliens (EUA, 2009)
De Rob Letterman e Conrad Vernon. Vozes originais de Reese Witherspoon, Seth Rogen, Hugh Laurie, Will Arnett, Kiefer Sutherland, Amy Poehler, Paul Rudd e Renée Zellwegger.

O mundo da animação não é mais o mesmo depois de Shrek. O filme tinha uma série de elementos que agrada tanto ás crianças mas, sobretudo, os adultos. Shrek também tirou das mãos da Pixar o que poderia se tornar uma hegemonia no ramo da animação - por mais que Wall-e seja uma prova disso, a Pixar ainda não é a única. Monstros vs. Alienígenas vem mostrar que a Dreamworks atingiu um nível de maturidade excepcional, e que animação ainda é um grande atrativo de diversão para crianças.

Susan está prestes a se casar com o homem dos seus sonhos quando é atingida por um meteorito que contém uma substância intergalática superpoderosa. Essa substância tem o poder de dar superforça a quem a possuir e é alvo de desejo do vilão Gallaxhar. Quando Susan entra em contato com a coisa, ela adquire um tamanho descomunal, se tornando uma giganta e sendo aprisionada pelo governo. Ela acaba indo parar no departamento de controle de monstros, criado para esconder as criaturas que os humanos não suportariam entrar em contato. É lá que Susan passa a ser chamada de Ginórmica e conhece os outros monstros; o Dr. Barata, O Elo Perdido, B.O.B., uma criatura gelatinosa e o colossal Insectossauro. Quando Gallaxhar envia um robô gigante para reaver a substância e destruir o planeta, os monstros são acionados para deter a ameaça alienígena. E para Susan, é uma jornada de descoberta pessoal que ela nunca teve igual.

Se fosse apreciado em 3D, o filme poderia ter uma visão melhor, mas esse não é o caso. Mas para quem está acostumado a ver as animações em três dimensões, os efeitos são facilmente perceptíveis. A animação da Dreamworks realmente tem um bom desempenho, mas não é exatamente espetacular. É eficiente no seu propósito, divertir e entreter. Infelizmente, nós é que ficamos com a impressão de que toda a animação deveria ser um Wall-e.

Nota: 8,0

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Ele NÃO Está Tãaaaaao A Fim de Você

He's Just Not That Into You (EUA, 2009)
De Ken Kwapis. Com Jennifer Anniston, Jennifer Connelly, Scarlett Johanson, Ben Affleck, Justin Long, Drew Barrymore, Kevin Connolly, Bradley Cooper e Ginnifer Goodwin.

Você sabe exatamente diferenciar quando uma pessoa não está a fim de você, mesmo que tudo leve a crer que a pessoa gosta mesmo de você? É o que "Ele não está..." quer provar. Claro que os relacionamentos americanos são incrivelmente diferentes dos brasileiros. Aqui, a paquera já está tão banal que não faz diferença se a pessoa vai ligar no dia seguinte. Os americanos são tão promíscuos quanto sentimentais, o que faz com que cada caso, para eles, seja único, até que o verdadeiro e eterno apareça. Tudo isso está mudando, já que brasileiros se apaixonam cada vez mais pela internet, sem ao menos ver o rosto das pessoas uma única vez e, até que fique claro que a pessoa em questão não quer mesmo nada com você, já perdemos nossas esperanças em sonhos nunca realizados. Ufa! Mas hein, isso é uma crítica de filme né...

Como se fosse um livro de auto-ajuda, acompanhamos vários casos para detectar quando o cara não está a fim de uma mulher:


Gigi (Ginnifer Goodwin) é uma solteira inveterada que fica obcecada pelos caras que dizem que vão ligar mas não ligam. Fica paranoica até descobrir que o cara realmente só queria um bom papo no dia;

Beth (Jennifer Anniston) tem um relacionamento de 7 anos com o amor de sua vida e tudo que ela deseja é casar. Só que ele não quer;


Anna (Scarlett Johanson) está perdida porque acha que nunca vai engatar com seu atual "namorado em potencial" (na falta de um termo melhor) e acaba se envolvendo com um homem casado;
Janine (Jennifer Connelly) faz de tudo pra salvar seu casamento mesmo tendo que lutar contra um vicío secreto do marido;

e Mary (Drew Barrymore) não consegue encontrar ninguém e apela para os perfis da internet e culpa a variabilidade na comunicação por causa da tecnologia.

No fim, toda essa baboseira que podia ser uma tragédia se revela uma comédia divertida e absolutamente sem propósito nenhum. Nem o de mostrar que o cara não está tão a fim de você, como revelado no final... Se você não gosta das comédias romãnticas hollywoodianas, não vá. Mas é uma boa oportunidade de rir sem culpa. Sem falar que o elenco está divertiddíssimo nos papéis, sobretudo Scarlett Johanson (que está apelando pra papeis ruims ultimamente) e Ginnifer Goodwin. Ah, um ponto desnecessario foi o excesso de drama na hora do enfarto do pai de Beth, mesmo que esse mesmo enfarto sirva pra ela enxergar que sua vida era boa e ela não sabia. Uma boa experiência no fim das contas pra saber detectar todos os sinais e descartá-los depois.

PS: Vale comentar a boa recepção que o filme teve junto ao povo brasileiro, semanas depois da mega estreia 'Watchmen' e desbancando o ganhador do Oscar, 'Quem Quer Ser Um Milionário?'.

PS 2: Vale a pena se apaixonar pela internet, desde que seja a pessoa certa. Isso eu garanto rs.

Nota: 7,0

quinta-feira, 2 de abril de 2009

1° Cinemarcos - OS MELHORES DE 2008

Escolhas difíceis. Escrever sobre eles mais dificil ainda. Mas a verdade é que 2008 foi um ano tão rico no cinema (e ao mesmo tempo tão pobre) que vai ficar marcado na história por sua quantidade de personagens icônicos e histórias fantásticas. Veja.

Melhor Filme
"Batman - O Cavaleiro das Trevas" e "Sangue Negro"

Não dar empate nesta categoria seria uma injustiça. Concordo que no Oscar esse tipo de coisa é bem mais impossível de acontecer, mas um blog pode reconhecer mais de um filme bom por ano. Colocar apenas "Sangue Negro" como melhor filme de 2008 seria não reconhecer toda a importância que "O Cavaleiro das Trevas" representou para o mercado dos filmes-baseados-em-quadrinhos e para o cinema mundial. O filme do homem-morcego não apenas mostrou que é um ótimo blockbuster, mas que entretenimento pode ser de qualidade absoluta também. Da mesma forma, nomear apenas "O Cavaleiro das Trevas" como melhor do ano é uma heresia contra esse que é uma obra prima da filmografia de Paul Thomas Anderson. "Sangue Negro" é tudo o que um drama pode querer ser e mais: drama familiar, busca por uma conquista ferrenha, ascenção social de um homem que não tinha nada e que se torna um protagonista icônico. O melhor filme do ano, e que me perdoem os Coen, esse me deu menos dor de cabeça ao fim da sessão.


Melhor Ator
Daniel Dae-Lewis - Daniel Plainview em "Sangue Negro"

Voltamos a uma questão que permeou as mentes humanas à época do lançamento de "Sangue Negro": o filme é bom mesmo ou você se impressionou demais com Daniel Dae-Lewis? Sendo por uma ou por outra razão, a verdade é que nunca foi vista uma atuação como essa do ator, e olha que estamos falando do homem que se entrega a um papel a cada dois anos só pra vivê-los intensamente. Daniel Plainview acabou se tornando, por sua ganãncia, arrogância, sagacidade e (quem diria) simpatia, um dos personagens mais marcantes da história do cinema, sendo escolhido um dos 100 personagens essenciais pela revista Empire. O segredo? Daniel Dae-Lewis.


Melhor Atriz
Ellen Page - "Juno"

Meryl Streep deu tudo de si naquele telhado em "Mamma Mia!", mas mesmo assim não é o suficiente pra desbancar a simplicidade da Juno McGuff de Ellen Page. Ela interpreta uma adolescente sem nenhum estereótipo, a comum e normal que ninguém nunca dá nada e acaba se tornando tudo o que todo mundo quer quando cresce. Linda e apaixonante, Page revela que tem muito ainda por vir de suas futuras atuações. Por sua essência, Junto também acabou ficando marcada iconograficamente na história do cinema.



Melhor Ator Coadjuvante
Heath Ledger - O Coringa em "Batman - O Cavaleiro das Trevas"

Se o Anton Chigurgh de "Onde os Fracos Não Tem Vez" é a personifcação da violência, o Coringa de "Batman..." é a personificação do caos. Interpretado com brilhantismo pelo finado Heath Ledger, o personagem acabou virando, junto com Barack Obama, a personalidade de 2008. Heath Ledger deu sua vida pelo personagem, sem trocadilhos, a fim de colocar nas telas a realidade insana de um agente do caos que simplesmente quer ver o circo pegar fogo. Uma trágica perda para o mundo do cinema, Ledger ainda tinha muito o que mostrar. O Oscar para ele não premiou essa atuação. Premiou toda uma carreira que nunca poderá ser retomada, mas que não deixa dúvidas do brilhantismo que carregaria.



Melhor Atriz Coadjuvante
Penélope Cruz - Maria Elena em "Vicky Cristina Barcelona"

Demorou para finalmente reconhecerem o valor que Penelope Cruz tem no cinema. Sua personagem em "Volver" já tinha demonstrado isso, mas quando a espanhola brilha em um filme tipicamente americano, como "Vicky Cristina Barcelona" é que o mundo se rende aos seus pés. Sua Elena rouba toda a presença do filme, sendo que ela não está no trio amoroso principal, colocando Rebeca Hall, a protagonista, pra escanteio, quase esquecida e ainda Scarlett Johanson, linda e estonteante, se apaga quando Elena está em cena. Coadjuvante digna, Penelope Cruz ganhou o Oscar por sua atuação e é faz de sua personagem, junto com o de Javier Bardem, a caracterização perfeita de uma sedutora Barcelona.


Melhor Direção
Joel Coen e Ethan Coen - "Onde os Fracos Não Tem Vez"

O que acontece quando os gênios do humor negro decidem fazer uma fábula no deserto que retrata a violência desencabida? Se engana quem pensa que "Onde os Fracos Não tem Vez" é simplesmente um drama. Um ano após de sua exibição e tendo passado ainda por outro filme dos Coen, "Queime Depois de Ler", é que dá pra perceber as semelhanças com toda a filmografia da dupla. a princípio algo inovador, "Onde os Fracos Não tem Vez" é basicamente uma forma muito sombria de colocar o humor negro dos irmãos a serviço da arte. Como eles fizeram isso? Com o talento de direção única que só eles apresentam e são capazes de fazer de um filme, onde a história começa e termina do nada e não tem protagonista (senão a própria violência), uma obra prima.

Melhor Comédia/Musical
"Vicky Cristina Barcelona"

Seria um demérito enorme não dizer que "Vicky Cristina Barcelona" não foi a melhor comédia do ano. Se bem que o filme não é só isso. É envolvente, excitante, sensual, romântico ao estilo Woody Allen que há muito não se via. De fato, esse é o melhor filme do diretor em anos e sua leveza é justamente o que faz você terminar uma exibição do filme flutuando e com água na boca. "Mamma Mia!" é bem mais divertido, "Trovão Tropical" talvez mais engraçado e "Queime Depois de Ler" mais icônico. Sem falar em "Segurando as Pontas", brilhante. Mas me perdoem os cinéfilos, é pra Barcelona que eu vou, ouvindo Giulia e Los Tellarini.



Melhor Filme de Ação
Batman - O Cavaleiro das Trevas

É claro que a ação em "007 - Quantum of solace" rola muito mais solta do que num filme do Batman, mas não é preciso ressaltar mais uma vez o brilhantismo do filme de Christopher Nolan. Cheio de lutas, uma delas espetacular logo no início do filme, e ações, "O Cavaleiro das Trevas" podia passar despercebido quando vimos por aí muitas Cargas Explosivas, Corridas Mortais e Jason Statham pululando por aí. Mas fala sério, qualidade conta. E muito. Vai dizer que você sabe fazer um lápis desaparecer melhor do que o Coringa?



Melhor Filme de Terror / Suspense
[REC]

"REC" demorou 1 ano inteiro para chegar em terras brasileiras. Mas nunca uma espera valeu tanto a pena. Cada segundo da película espanhola faz você suspirar esperando que algo aconteça. Mesmo com cenas embaraçosas de tão óbvias, o clima de claustrofobia que o espectador sente preso com os moradores de um prédio interditado pela defesa civil é quase um simulador. Tão real que provoca sustos, gritos e taquicardia no cinema. O melhor filme de terror dos últimos 10 anos, com certeza, se alguém se lembrar de um melhor, comenta aí. Mas que "REC" tem um brilhantismo inegável, isso é fato. A versão americana "Quarentena" não apresenta nada novo e "REC 2" está em produção. Vamos esperar.


Melhor Drama
"Sangue Negro"

Mesmo com tantos filmes bons que saíram, e ainda tendo o comovente "O Menino do Pijama Listrado" como forte concorrente, "Sangue Negro" ainda assim ganha de longe como melhor drama. "Desejo e Reparação" é muito água com açucar histórico e "Sete Vidas" não tem forças suficientes para bater a saga petroleira. "Onde os Fracos Não Tem Vez" talvez seja o único capaz de se equiparar a "Sangue Negro", tanto que ganhou o Oscar de melhor filme. Mas em matéria de drama, daqueles de tocar o coração mesmo, o filme de Paul Thomas Anderson arrebenta, sem dúvida. O diretor faz um longa extremamente inteligente, onde conquista os espectadores pela curiosidade sobre o caráter duvidoso de Daniel Plainview.


Melhor Romance
"Um Beijo Roubado"

Me perdoem aqueles que esperavam mais do primeiro longa americano de Wong Kar Wai. Me perdoem aqueles que acham que esse filme é um lixo, Mas comparados aos poucos (e fracos) romances que tivemos em 2008, "Um Beijo Roubado" ganha de longe. A experiência de ter assistido esse filme dramático e sensual, além de ingênuo, no cinema envolto por casais apaixonados e por uma trilha digna de namoro, assinada por Norah Jones, é muito traumática e marcante para não elogiar esse filme e escolhê-lo como melhor romance absoluto do ano.


Melhor Canção
"Mamma Mia" - Meryl Streep canta; Benny Andersson e Björn Ulvaeus, letra e música. em "Mamma Mia!"

Várias canções foram tão repercutidas esse ano que mal deu pra escolher. Ficou de fora ainda a trilha de "Na Natureza Selvagem", belíssima. Mas mesmo com todas elas, a imagem de Meryl Streep dançando em cima do telhado da casa de cabras ao som de "Mamma Mia", do ABBA é tão marcante e divertida quanto o próprio filme. A letra não é original, já é conhecida do público e mesmo assim embala o filme com maestria. Como "Mamma Mia!" foi o musical do ano, nada mas justo do que a melhor canção d ano pertencer a sua trilha. Mas demos também grande destaque à voz de Ellen Page e Michael Cera cantando e tocando "Anyone Else But You", o som eletrizante do Paramore com "Decode" e a balada pop espanhola de Giulia e Los Tellarini com a canção tema de "Vicky Cristina Barcelona".


Melhor Filme de Animação
"Wall-e"

Precisa dizer? "Wall-e" É a maior animação do ano. "Kung fu Panda" é incrivelmente divertido, mas a saga do único robô da Terra, sozinho a fazer suas tarefas mesmo percebendo que os humanos talvez nunca voltem é comovente demais para não ser a melhor. Sem falar no padrão de animação que a Pixa assumiu nos últimos tempos que se consolida nesse filme. "Wall-e" bate de 10 a 0 nos concorrentes desse ano, foi até vergonhoso no Oscar colocá-lo ao lado de "Space Chimps" naquele clipezinho. Se houver um ranking das melhors animações da história, "Wall-e" com certeza vai estar entre os 3 primeiros.



Melhor Filme de Ficção Científica ou Baseado em HQ
"Batman - O Cavaleiro das Trevas"

Vou adiantando, nunca gostei de Batman. Digo, das histórias em quadrinhos, dos super-heróis em geral, nunca fui fã do Batman em primeira instância. Entre os filmes, reconheço a primazia do Batman, de Tim Burton, os méritos das continuações Batman Returns e Batman Forever. Reconheço a reinvenção necessária e os toques de luxo e respeito que o personagem ganhou em Batman Begins. Mas se há um filme que reflete a aura do homem-morcego é esse. "Batman - O Cavaleiro das Trevas" é sem dúvida o filme que mais exigiu de atores, roteiristas, operadores de câmera e do diretor uma dedicação maior para que juntos formassem a primazia em que o filme se tornou.



Melhor Filme Estrangeiro não-americano
"4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias" - Romênia

Verdade que "[REC]" é o melhor filme de terror do ano e que "O Escafandro e a Broboleta" foi o filme que a França esqueceu no Oscar e alcançou tudo o que alcançou por seus méritos próprios. Agora, se pararmos por 2 horas para assistir esse que é o melhor filme da Romênia, vamos esquecer tudo isso acima. "4 meses, 3 semanas e 2 dias" foi ignorado pelo Oscar, mas o que eles sabem mesmo? Em se tratando de filme estrangeiro dos últimos anos, excetuando-se os americanos, os franceses e os ingleses, (cartas marcadas do baralho), dá pra dizer com certeza que, ao lado de "A Vida dos Outros", da Alemanha e do próprio "O Escafandro..." é um dos melhores.


Melhor Cena de Efeitos Especiais
Primeiro Vôo do Homem de Ferro - "Homem de Ferro"

Tony Stark, um magnata das armas, está preso em cativeiro e seus inimigos dizem que só o libertam se ele lhes construir a arma mais poderosa do mundo. Ele, em sua sabedoria, o que constrói? Uma armadura para sair de lá, é óbvio! A carcaça gigante que ele constrói o tira do cativeiro mas não dura muito tempo. Além disso, ele tem um estilhaço no coração que não pode ser removido. Portanto, sua próxima armadura, construída em bem melhores condições, contém um compartimento de energia extra para, além de fazer dele o Homem de Ferro, mantê-lo vivo. Quando a armadura faz seu primeiro voo, a expectativa do público já tá tão lá no alto que a pirotecnia é esquecida e a emoção vai lá em cima, voando junto com ele.



Melhor Filme Nacional
"Linha de Passe"

Se "Linha de Passe" tivesse sido indicado para representar o Brasil no Oscar, ao invés o horroroso "Ùltima Parada:174", será que teríamos conseguido uma indicação? E mais: será que teríamos vencido, já que os favoritos foram desprezados e usurpados pelo Japão? Perguntas que nunca vão ter respostas mas não diminuem o brilho desse filme, que foi aclamado no Festival de Cannes e ligeiramente esquecido pelo próprio público brasileiro. Com uma aura de "Central do Brasil", o filme de Walter Salles e Daniela Thomas nos lembra que ainda é possível fazer cinema de verdade num país dominado por uma emissora de TV até no cinema.


Melhor Ator Nacional
Selton Mello - João Estrela em "Meu Nome Não é Johnny"

Junto com Wagner Moura, Selton Mello é o melhor ator do cinema nacional. Ponto. Muito justo então que seu papel no filme "Meu Nome não é Johnny" seja eternizado como um dos melhores de sua carreira. Seja por que é baseado numa história real, seja pelo próprio Mello, o fato é que uma atuação brilhante carrega o filme nas costas, que mesmo dramático, é leve e sem exageros. Selton Mello é o cara.


Melhor Atriz Nacional
Darlene Glória - Mércia em "Feliz Natal"

Toda a ilusão em torno dos personagens improvaveis de "Feliz Natal" são tragados de volta a uma realidade desconcertante quando Mércia, a matriarca da família do filme entra em cena. Darlene Glória, musa do cinema de antigamente prova que ainda está em forma em um papel que foi desenvolvido especialmente pra ela por Selton Mello, diretor do filme em sua estreia. Escolha mais do que acertada que, pode não ser tão dramática quanto a de Sandra Corveloni em "Linha de Passe", mas é impactante e um tapa na cara de muita gente.



Os Indicados
http://cinemarcos.blogspot.com/2009/03/1-cinemarcos-os-melhores-de-2008.html