domingo, 21 de dezembro de 2008

Crepúsculo

Twilight (EUA 2008)
De Catherine Hardwick. Com Robert Pattinson, Kirsten Stewart, Bily Burke, Nikki Reed, Peter Facinelli.

Depois que "Harry Potter e as Relíquias da Morte" foi publicado, no ano passado, o mundo ficou ansiando por uma nova série que pudesse preencher o vazio que as aventuras do bruxo mais famoso da literatura acabara de deixar. O cinema tentou tapar o buraco, apesar de que a franuia nas telas ainda não terminou. Foi quando a britânica Stephanie Meyer lançou o livro "Twilight" com um dos assuntos mais batidos do mundo: vampiros. Pois bem, não somente ela escreveu uma brilhante saga diferente de tudo o que se havia visto até então, como respeitou a aura mágica que envolve esses seres que convivem com o imaginário popular há séculos e séculos. E mais, acrescentou aquela conhecida rebeldia adolescente e uma pitada de paixão com vampiros belos e formosos, e as frustrações passadas por uma menina num ambiente novo. Pronto.

Bella Swann acaba de se mudar para Forks, uma cidade no interior de Washington, onde o tempo parece sempre estar fechado. Ela vai morar com o pai, após anos de afastamento, mas esse não é seu único problema: tem que enfrentar a horda de ser a novidade da cidade grande numa cidade do interior, sobretudo na nova escola. Porém, é quando encontra o jovem Edward Cullen que sua vida começa a mudar drasticamente. Sobretudo porque Edward é um vampiro. Mal sabe ela, mas ele não é o único e ao começar a conviver com ele e sua família, pode estar colocando a sua própria vida em perigo.

A diretora Catherine Hardwick conseguiu transcrever para o filme exatamente as mesmas sensações que o livro consegue causar. A paixão de Bella, sua facilidade de se meter em problemas, os medos de Edward de a colocar em perigo, tudo. O ritmo é apenas um pouco acelerado, e deve ser mais compreensível para quem já leu o livro (caso raro para uma adaptação literária, já que quase sempre a cópia sai infiel ao original). O que mais salta à vista de contraste com o livro são as partes das caças dos vampiros do mal, James, Laurent e Victoria, que recebem mais destaque desde o início do filme - no livro, apenas no final eles começam a ser mencionados.

Para aqueles que queriam uma franquia arrebatadora, essa deve funcionar. A sequencia do filme , Lua Nova, baseada no segundo livro da série, já está sendo encomendada e os atores principais já confirmaram suas participações. O sinal que faltava era a arrecadação nas bilheterias de "Crepúsculo". Então, pode apostar, sinal verde já foi dado com certeza.



Nota: 9,0

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

O que esperar de Austrália


"Para 'Moulin Rouge' fizemos tudo no estúdio, mas para esse filme estivemos em locações o tempo inteiro - em Darwin, em Queensland e depois acampamos em tendas no meio do deserto". Foi com essas palavras, há um certo tempo atrás, proferidas por uma bastante empolgada Nicole Kidman, que se abriram oficialmente os comentários a cerca de "Austrália". Esse é o novo filme do diretor Baz Luhrmann, que volta à cena cinematográfica com esse que promete revolucionar o cinema australiano (O uso das palavras "austrália", "australiano" e derivados vai ser visto, irreparavelmente, com muita frequência!). Se afastando da chamada "Trilogia da Cortina Vermelha", construída pelo diretor com os filmes "Vem Dançar Comigo"(1992), "Romeu+Julieta" (1996) e "Moulin Rouge - Amor em Vermelho" (2001), Luhrmann agora se entrega neste épico que conta com a terra dos cangurus como pano de fundo.

O filme traz a história da aristocrata inglesa Lady Sarah Ashley (Kidman), que herdou um grande rancho no norte do país. Procurando combater um barão inglês que quer comprar as suas terras, ela se alia a um vaqueiro (Hugh Jackman, também australiano) para retirar as cabeças de gado da moça do local. É quando eles se vêem no meio da II Guerra Mundial, quando a cidade australiana de Darwin está prestes a ser bombardeada pelas tropas japonesas. Um roteiro e tanto que já está sendo tido como o maior filme da Austrália de todos os tempos. Mas o que podemos esperar do longa? Competência na direção? Baz Luhrmann já deu provas disso, principalmente ao elevar a carreira de Nicole Kidman. Essa também não podia estar mais animada com a produção, já que passou por uma relativa baixa na carreira depois de seu Oscar por "As Horas" (vida "A Feiticeira", "Invasores", "Reencarnação"...)

O elenco ainda tem o já renomado Hugh Jackman, que deu uma pausa com as garras de um certo guerreiro mutante de adamantium, para participar de uma produção de seu país natal. "Este filme estará em uma escala jamais vista antes. É de longe o maior filme australiano já feito", palavras do próprio Jackman. Contudo, o filme traz aquele clima de "feito pro Oscar", com uma fórmula meio batida, o que me fez lembrar de imediato "Cold Mountain" (coincidentemente, também com Nicole Kidman). Mas sempre há espaços pra surpresas, e é o que promete essa produção, mostrando mais de um país do oceano Índico como nenhum outro fez antes (talvez "O Senhor dos Anéis", na Nova Zelândia), com planos que revelam uma natureza única e o impacto do clima de lá.

Já bem cotado para o Oscar de 2009 (apostas, alguém?), "Austrália" já tem data prevista de estréia no Brasil, dia 25 de dezembro desse ano. Um pouco distante, mas mesmo assim, o agito em torno do filme tem sido forte. O trailler divulgado pelo menos já dá aquela boa sensação de uma grande produção vindo. Baz Luhrmann volta a ser notícia, depois de ter dado a partida na nova onda dos musicais com "Moulin Rouge". Hugh Jackman volta a ser notícia, criando expectativa em torno de mais uma boa interpretação. Nicole Kidman é notícia de qualquer jeito. O resultado a gente confere no fim do ano.