quinta-feira, 7 de agosto de 2008

A Múmia na Tumba


The Mummy: Tomb of the Dragon Emperor
(EUA 2008). Direção: Rob Cohen. Com Brendan Fraser, Jet Li, Maria Bello, John Hannah, Michelle Yeoh.

A Múmia é uma das séries do cinema que tem milhões de fãs. Não sei por qual motivo, se era pela aura do filmes, se era por conta do Egito, pelo carisma dos personagens. Enfim, as duas primeiras partes se completam tão perfeitamente que é como se um ciclo tivesse se fechado. É claro que todo fã gostaria de ver mais capítulos da saga dos seus heróis favoritos. Mas isso não funciona no caso dessa continuação Tumba do Imperador Dragão. E por que? Por que por alguma razão esse filme não se parece em nada com um filme da Múmia.

O jovem Alex O'Connel vive uma rebeldia sem precedentes e tenta viver a vida se livrando da sombra dos pais famosos. Nisso, ele descobre a tumba do tal imperador (Jet Li), que no passado, foi amaldiçoado por uma feiticeira e condenado a passar as eras como estátua de barro. Enquanto isso, na Inglaterra, Rick e Evelyn tenta levar uma vida normal - ele não se acostumando a ser uma aristocrata, ela escrevendo livros sobre suas aventuras. Os três acabam vítima de um plano de um general chinês que quer ressucitar o Imperador Dragão, e atrai todos os O'Connel para Xangai. Lá, eles ainda reencontram o irmão de Eve, Johnathan (que acabou dono de uma boate chamada Imothep) e acabam por despertar o Imperador. Agora eles precisam se unir para impedir que o Imperador chegue à fonte da eternidade e se torne imortal.

Falando sério, o roteiro cheio de detalhes, misturas e pequenos ganchos nem é tão ruim. É claro que podíamos passar sem os yetis no Himalaia, e sem Xangrilá também. Mas o maior problema é que se preocuparam tanto em dar uma aventura digna dos O'Connel que acabaram esquecendo de fazer um filme da Múmia. A magia e a graça do Egito não estão lá, e nem múmias tem (se considerarmos múmias aquelas que sempre vimos, enfaixadas e betumadas, não estátuas de pedra!) O trio principal não funciona e Maria Bello não chega aos pés de Rachel Weisz, que era a graça dos longas anteriores. Sua Evelyn é sem graça e insossa e não tem o menor entrosamento com Brandan Fraser, que tenta levar o filme nas costas. Jet Li ainda consegue uma ou outra parte boa, mas não de interpretação, já que isso não é o seu forte. Michele Yeoh como a feiticeira salva a história do caos ao conferir veracidade para a história da maldição.

Os efeitos especiais são bem fracos (parecidos com os de O Retorno da Múmia, mas um pouco pior), e nada convence o espectador de que esse é um filme da Múmia, nem as perseguições de carro, nem as lutas com um exército de mortos vivos, nem as piadas referentes aos filmes anteriores, que são pouquíssimas.Poderíamos esqucer tudo isso e encarar A Múmia: Tumba do Imperador Dragão como um filme de aventura qualquer, por que ele até consegue entreter. Mas seu maior erro foi brincar com a aura do filme, que pra alguns é sagrada. Se vão ter continuações? Pela bilheteria, provavelmente, mas esse já colocou um ponto final na série no fim dos créditos de O Retorno da Múmia.

Nota: 5,5

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